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Apresentação

Apresentar uma obra significa torná-la presente, fazê-la circular, dá-la como presente ao leitor e, no caso da Revista Ubiquidade, engendrá-la na rede tecnológica da informação e da comunicação.

UBIQUIDADE: do latim, ubique, que pode ter diversas localizações. Etimologicamente, imortal, que está ao mesmo tempo em toda parte, onipresente; que pode dividir-se ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo, cuja projeção pode ser capturada de vários e diferentes lugares. Do inglês, Ubiquity, que descreve o fenômeno de propagação da tecnologia digital e o acesso a diversos dispositivos da Internet. Dessas acepções, podemos dizer que o termo Ubiquidade se equivale a Rizoma, não como algo linear ou vertical, mas como aquilo que se expande na continuidade de um eixo-tronco, que se ramifica, que abre e se estende numa rede, como um encaixe a ser produzido, construído, sempre desmontável, conectável, reversível, modificável, com múltiplas entradas e saídas, com “linhas de articulação ou segmentaridade, estratos, territorialidades, mas também linhas de fuga, movimentos de desterritorialização e desestratificação” (Deleuze e Guattari, Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, 1995, p.18).

É nesse sentido de Rizoma que se caracteriza a Revista Ubiquidade, que objetiva propagar e expandir, em rede, pesquisas e conhecimentos, com o papel de orientar e explorar os cinemapas – usando um dizer do estudioso francês Pierre Lévy –, ou seja, os instrumentos de navegação em rede do conhecimento e das tecnologias da comunicação e da informação, que se expandem desde o século XX, acelerando o fenômeno da globalização e a reconfiguração geopolítica das relações nacionais e internacionais, assim como a transformação dos espaços e dos lugares no mundo.

Ubiquidade destaca-se, já neste primeiro número, com artigos de extrema competência acadêmica e domínio de estado da arte na área computacional e de informática, tanto na perspectiva de aplicação, como na de discussão dos trabalhos e pesquisas produzidas (e em desenvolvimento) no Curso de Sistemas de Informação, no Unianchieta e em outras Universidades e Centros de Pesquisa.

Parabéns aos idealizadores e boa leitura a todos que se engendrarem pelos fios labirínticos da rede, por meio da Ubiquidade.

Me. João Antonio de Vasconcellos
Diretor de Acadêmico - UniAnchieta

Editorial

Neste primeiro número da Revista Ubiquidade encontram-se um conjunto de artigos de diferentes áreas da Ciência da Computação, onde cada um aponta para múltiplas possibilidades de aplicação e pesquisa.

No primeiro artigo, Zuchini mostra a aplicação de dois modelos computacionais adaptativos, o Mapa Auto-Organizável e o Mapeamento Topográfico Gerativo na tarefa de recuperação de informação. Na sequência, Tremacoldi traça um panorama e propõe reflexões sobre alguns aspectos das tecnologias de informação vinculados ao contexto socioeconômico e cultural contemporâneo. Cavalari Jr. & Schimiguel fazem o levantamento histórico da evolução do ensino na modalidade a distância no panorama mundial e brasileiro e as interações com um curso de especialização nessa modalidade.

O quarto artigo, de Petroli Neto, caracteriza os algoritmos genéticos e sua aplicação, incluindo um experimento computacional. Vasconcelos trata do uso das impressões digitais em sistemas biométricos de identificação automáticos. Já Melo Jr. expõe as propostas de novos serviços de rede para a Internet de Próxima Geração e discute os diversos desafios tecnológicos relacionados.

Mollo Neto & Waker Melo Jr. estudam a aplicação de software para análise de redes sociais como maneira de obter dados que permitam a análise dos relacionamentos em organizações produtivas. Finalmente, Jandl apresenta a computação ubíqua e pervasiva, suas aplicações, efetuando uma avaliação das implicações da adoção massiva destas tecnologias.

Boa leitura!


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